A EXPEDIÇÃO
Viajar é preciso

A simples idéia de uma volta ao mundo nunca me pareceu muito viável. Acompanhei, através de leitura, algumas aventuras. Umas por mar, o que não é minha praia, outras por terra, de mochila nas costas ou de bicicleta, o que sempre me pareceu mais impossível ainda! Porém, pelo simples fato de nunca ter me interessado pelo tema, nunca soube como é comum o chamado overlanding: a viagem de carro através das fronteiras entre países e continentes. Não tinha a menor idéia até receber um certo presente...

Após 10 anos trabalhando como empresário, fazendo parte de uma equipe à frente de um projeto de grande sucesso para a criação de uma companhia de prestação de serviços ambientais, ficava cada vez mais clara a necessidade de uma “reciclagem”, um período mais afastado das metas e desafios profissionais e mais próximo do foco pessoal. Uma espécie de retribuição à saúde física e mental pelos períodos de estresse. Foi a partir da constatação dessa necessidade que surgiu a idéia de um período sabático. Ao mesmo tempo, a Danusa também demonstrava sinais de que um período desses seria super bem-vindo. Após alguns bons anos trabalhando como advogada, uma época mais pacata soava muito bem aos seus ouvidos. Durante o último ano, conversávamos muito sobre esse sonho. Não sabíamos exatamente o que fazer com essa folga, mas existia uma palavra mágica no ar: viajar!

 
O carro

Por questões óbvias, a escolha, compra e preparação do carro, nosso futuro companheiro diário para os próximos meses, mereceu destaque. Desde o início, pensamos em um Land Rover. Agora, qual modelo? Depois de chegar a cogitar ir de Discovery, ficou claro que o carro deveria ser um modelo Defender, pois o Discovery possui muita eletrônica embarcada, o que dificultaria qualquer manutenção em um lugar mais ermo. “– Vamos comprar um Defender!”. Não passava pela nossa cabeça comprar um carro usado, pois, para iniciar tal jornada, parecia óbvio que o carro tinha que ser o mais novo possível, ou seja, zero km! Daí até finalizar a compra foram poucas semanas. Logo estávamos com um Defender branco, zero km, na garagem: o “Pezão”!

O nome Pezão surgiu da interessante mistura de Big Foot, comumente usado para denominar esses carros com rodas enormes, que passam por cima de tudo (nome que por sua vez tem origem no Pé Grande, lendário ser do Alasca), com seu “primo” Abominável Homem das Neves, chamado de Yéti, que é a lenda do “Pé Grande” do Himalaia, que é branco, como o Defender zerinho em folha.

 
O roteiro

Sim, viajar é preciso. Agora, pra onde e por onde? Tínhamos um objetivo em mente: viajar por cinco continentes (Américas, Europa, África, Ásia e Oceania), mas não tínhamos muita idéia de por onde é possível passar. Na verdade tínhamos algumas idéias sim. Principalmente pelos roteiros realizados pelo CYD e por outros sites de viajantes, mas nessa fase as informações ainda eram escassas.

Fizemos, então, nossa primeira reunião da World Experience, com a ilustre presença do meu irmão, Alexandre, e do amigo João David. Dessa reunião surgiu nosso primeiro traçado. De maneira geral, ele deveria atender a duas variáveis: tempo (teremos que estar de volta em setembro de 2011), e clima (pois seria importante conseguirmos nos deslocar entre os hemisférios sul e norte de maneira a viajar nos verões, ou próximo deles. Carioca sente frio. É fato!).

 
Preparação pessoal
Ficou claro que teríamos que nos preparar muito para essa viagem. Não haveria tempo para tudo, mas alguns itens não poderiam faltar. Fomos iniciando cada parte de acordo com a prioridade.
 
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